Durante os dias 03 e 04 de agosto, a coordenação do
Condomínio Residencial VIVER COOHAGIG realizou reuniões com os cooperativados,
no canteiro de obras, no Caminho do Meio, em Viamão, sobre a interrupção dos
trabalhos no local. Após a comunicação, os cooperativados fizeram visitas guiadas ao canteiro de obras. O coordenador do projeto, Paulo Franqueira fez um balanço
desses encontros:
Pergunta: Fim de
semana houve o comunicado aos cooperativados, em reuniões de convocação
extraordinária, dias 03 e 04 de agosto, da interrupção dos trabalhos no
canteiro de obras do Condomínio Residencial VIVER COOHAGIG. O que dizer desse
episódio?
Resposta: A
cooperativa está aguardando uma posição oficial de quem representa o governo
federal, a Caixa Econômica Federal, que é o agente financeiro e o supervisor do
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Essa descontinuidade no repasse
dos recursos que alimentam o desenvolvimento da obra começou no dia 08 de
julho. Desde essa data ela não recebe recurso novo. A cooperativa tem duas
novas medições a receber nesse período.
Pergunta: As
reuniões tiveram participações expressivas no número de cooperativados. Qual a
avaliação sobre a reação deles ao saber da notícia?
Resposta: Nós
resolvemos antecipar essas reuniões, que estavam marcadas para 31 de agosto e
1º de setembro, sempre dentro da ideia de a cooperativa atuar com
transparência, verdade dos fatos e comunicar aos cooperativados todas as informações.
Tínhamos que responder à pergunta. Porque o canteiro de obras parou?
Fundamental que eles saibam a verdade por nós e não outras versões. A nossa
explicação é a oficial, nos foi transmitida pelos agentes da CEF. Essa é a
nossa linha, sempre foi essa. De mantermo-nos sempre comunicados com as
pessoas.
Pergunta: Qual o
estágio dos trabalhos no canteiro de obras?
Resposta: Em
função dos últimos seis meses de obras, nós estamos rigorosamente dentro dos
cronogramas físicos- financeiros. Inclusive estamos com dois dias adiantados.
Essa é a avaliação da ATD Engenharia, empresa que faz a medição de obra para a
Caixa Econômica Federal. O acompanhamento e a avaliação dessa empresa
comprovaram isso nos últimos seis meses. Estamos rigorosamente nos prazos
estabelecidos.
Pergunta: Em
termos físicos, o que isso representa?
Resposta: Segundo
levantamento da última Planilha de Levantamento de Serviços (PLS), há 178 muros
de arrimo executados, 179 terrenos com locação. Temos 133 radiers prontos, 34
casas, 34 alvenarias levantadas e mais 16 em execução, portanto 50 casas, das
quais 34 completas. Há 78 casas impermeabilizadas, 133 radiers com instalação
de esgoto e 79 moirões colocados para fazer as telas de divisão dos lotes.
Pergunta: Nesse
cenário houve o problema das pedras e o clima instável, principalmente em maio
e julho. O que dizer disso?
Resposta: Nós
tivemos três desafios, inesperados, que foram superados nesse período. Isso
torna o resultado ainda mais satisfatório e que merece um olhar mais detalhado
e quanto nossa equipe de trabalho azeitou a máquina e fez com que a
produtividade do canteiro entrasse nos eixos e produzisse os 12.59 que temos teve
na medição.
Primeiro o projeto teve que ser refeito, remodelado. Temos
uma nova configuração, novo desenho dos lotes dentro do terreno. Foi feita uma
nova planta de localização dos lotes e isso foi feito durante o andamento dos
trabalhos. Foram aparecendo obstáculos no terreno e as mudanças foram
necessárias. Depois houve a quantidade de terra que teve que ser escavada, um
volume muito grande e fazer seu nivelamento, compactar ou seja, construir um
novo ambiente de fixação dos lotes, já que o original não permitia isso. Outra
terceira dificuldade que estamos vencendo, já que as outras duas foram
concluídas, é a de quebra e remoção das pedras. Nesse período foram
contabilizados mais de 500 caminhões caçambas, de dois eixos, carregados de
pedra. Para se ter ideia da grandiosidade disso é só imaginar uma fila em uma estrada,
de mais de 500 caminhões, carregados de pedras. Isso é o que foi quebrado lá
dentro e todos foram usadas lá dentro mesmo, como base, como alicerce, para o novo
loteamento construído lá. É um desempenho muito relevante nesses seis meses
superar essas três dificuldades e mantivemos a obra em dia. Agora aguardamos a
liberação dos recursos novamente. Enquanto isso, o único trabalho executado,
que conseguimos manter por enquanto, é o de quebra e remoção de pedras.








Pergunta: A
segurança do canteiro. Como ela fica?
Resposta: Por
enquanto não foi afetado essa parte. A segurança contratada continua lá, de
segunda feira a domingo. O que foi paralisado de imediato foi o trabalho das
empresas de construção, que estavam levantando as casas. A Ametista e a Grazel.
Como não houve o repasse dos recursos, essa medida teve que ser adotada. Temos
para receber recursos de duas medições recentes. Em dinheiro isso dá cerca de
R$1milhão700mil. A pagar temos cerca de R$1milhão e 300mil.
Pergunta: Qual a
avaliação dos encontros com os cooperativados?
Resposta: Vimos que acertamos em convocar as reuniões extraordinárias.
Manter essa relação estreita, próxima entre coordenação do projeto e os
cooperativados, um sonhador em realizar a conquista da casa própria. Ele é
centro da história, o protagonista número um desse projeto. A presença deles
mostrou uma entidade forte, unida, com todos dispostos a fazerem sua parte no
que for necessário, superando esse momento difícil, estando ao lado e apoiando
os dirigentes em busca de soluções. A energia que nos é passada pelos
cooperativados é combustível que alimenta nosso empenho em ter uma solução para
o problema. Acreditamos que até o final desse mês isso esteja solucionado,
embora a decisão seja tomada por órgãos federais. Mas aguardamos com fé,
otimistas, confiantes que possamos receber o aviso que as obras podem ser
retomadas e sigamos com os trabalhos normais.