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Paulo Franqueira no canteiro de obras com cooperativados |
O coordenador administrativo
do Condomínio Residencial VIVER COOHAGIG, Paulo Franqueira, fez um balanço das
atividades realizadas no fim de semana, dias 23 e 24 de março, na Igreja Nossa
Senhora das Graças, em Viamão. As perguntas são do jornalista Higino Barros, do Técnico Social da COOHAGIG.
Pergunta: Qual o
balanço que se pode fazer das atividades do Residencial VIVER COOHAGIG nos
dias 23 e 24 de março?
Resposta: Na
nossa avaliação é o melhor início de ano desde que o projeto foi iniciado.
Primeiro pelo fato do que termos o quer mostrar no canteiro de obras. Saímos do
terreno do São Tomé para o terreno da realidade. O ver para crer agora é a
real, não é mais uma ficção, não é mais uma projeção de futuro. O futuro já
está acontecendo e nesse momento é a mudança que ocorre com as obras.
Gradativamente vai ser visível a realidade em que vamos chegar até a construção
das casas.
A segunda avaliação é que a gente sai do terreno emocional,
sentimental, da geração de angústias e de ansiedades sem respostas, para um
outro tipo de sentimento. Que é o de contentamento, de felicidade, de sair de
uma sintonia para outra. Isso ficou claro com o número de presença de pessoas
às reuniões. Jamais tinha sido registrado tanta gente assim ao longo desses
seis anos que o projeto existe. O número de pessoas aumentou consideravelmente.
E aumentou por causa disso, pela obra, pela curiosidade e expectativa que ela
provoca, de curto e médio prazo em que as pessoas enxergam a realização do seu
sonho.
É óbvio que se deparar com o início da concretização física do
teu sonho te remete a outro patamar. Se havia um quadro de dúvida, agora ver as
obras não gera mais dúvidas. Agora se passou para o quadro da concretude.
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A caminhada que aproxima participantes do projeto |
Pergunta: Como
foi o contato com as pessoas nas reuniões e nas caminhadas da igreja até o
canteiro de obras?
Resposta: Em
termos de números foi o público recorde. Na primeira reunião tivemos a presença
de 100 cooperativados e uns dez acompanhantes. Antes as reuniões tinham um uma
média de 60 a 70 participantes. Nos outros encontros a média se manteve alta
também. Seguramente chegamos à 320 pessoas frequentando as reuniões. Deve-se
levar em conta que o grupo está sendo reformulado, gente nova chegando e outras
retornando.
Tivemos o resgaste também de algumas relações. O nosso
pessoal do Técnico social, por exemplo, teve a oportunidade de tomar um banho
de reunião. Que são oportunidades de conhecimento mútuo de como a cooperativa
funciona. Nosso pessoal teve
oportunidade de entender como o grupo funciona, os vários perfis existentes e a
importância de se fazer um trabalho à altura dessas pessoas. A maioria de uma
condição financeira mais precária e por isso mesmo mais necessitados de ajuda. Essa
imersão feita por nossos técnicos deu a oportunidade de ver o que era um
documento, um papel, um nome em algo palpável, real, que é o cooperativado. Esse
nivelamento vai contribuir para termos uma obra muito melhor e muito mais
detalhada, acompanhada e fiscalizada pelos beneficiários. E uma busca de
qualidade que a gente não teria se não tivesse esse estreitamento de relações e
conhecimento.
Quanto a caminhada ela representa uma renovação de
esperança. Ela tem um aspecto muito importante, porque é um momento que a gente
relaxa um pouco., no sentido que a gente se aproxima mais das pessoas
fisicamente, da troca e da consciência do que a gente está fazendo ali. Quando se
chega na obra é comovente ver a mudança nas pessoas, o semblante delas se
transforma. É de maior credibilidade no que a gente faz e o beneficiário sai
dali muito melhor, com a auto estima para cima. É bom para todos.
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Participação feminina expressiva nas reuniões |
Pergunta: Chama a
atenção a participação feminina nas reuniões e no projeto do Residencial VIVER
COOHAGIG. O que dá para dizer disso?
Resposta: É um
projeto que tem uma presença da mulher empoderada, da mulher guerreira, que vai
buscar o sonho para os seus, a sua família, que puxa, norteia, lidera e se
junta à cooperativa, priorizando esse processo. Nós calculamos que de 65% a 70%
do público é feminino. As mulheres, ao contrário que os muitos homens pensam,
são elas que lideram os processos. É bom que seja assim. Somos guiados por quem
de fato manda nesse mundo, as mulheres. Chefes de famílias, fazendo esse papel
que seria do homem. Mas são elas que lideram essas lutas. Daria para dizer
muito mais. Na nossa convivência da cooperativa elas são fundamentais.
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Caminhando para ver o sonho sendo realizado |
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