sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Ministério Público Estadual vê “ injustiça” nos atrasos e prorrogações e recomenda ação pública coletiva para garantia de retomadas e investimentos nos projetos das entidades

Representantes do Fórum das Entidades e Gestores Públicos estiveram com promotores do MPE


Representantes do Fórum Estadual de Entidades e Gestores Públicos, do qual a COOHAGIG faz parte, se reuniram no final da tarde da sexta-feira, dia 13, com os promotores Heriberto Roous Maciel e Débora Menegat, da Promotoria de Justiça e Defesa da Habitação e Defesa da Ordem Urbanística, do Ministério Público Estadual. Foram em busca de apoio da instituição para resolução dos problemas que estão ocorrendo no Programa Minha Casa, Minha Vida, Entidades.

Os promotores consideram que cabe a possibilidade de ingresso de Ação Civil Pública por parte das entidades para cumprimento de portarias de novas contratações e da colocação em dia dos repasses em atraso para as obras em andamento. Isso terá de ser em âmbito federal. Foi recomendada ação coletiva, por parte das entidades.

Depois de ouvir um relato detalhado da situação provocada pelos atrasos de repasses da Caixa Econômica Federal para os 22 projetos no Estado, vinculados ao programa e os danos que estão causando, Heriberto Maciel e Débora Menegat sugeriram uma série de providências a serem encaminhadas.

Apoio político

Primeiro uma reunião com o Procurador Geral do Estado, Fabiano Dallazen. Para obter sua participação no agendamento de uma reunião com o governador do Estado, Eduardo Leite e a bancada gaúcha de deputados federais. Objetivo principal é marcar uma reunião com o chefe da Casa Civil, da Presidência da República, Ônix Lorenzoni para pleitear também seu apoio na resolução do problema.


Paralelo a isso, será marcado, com urgência reunião com o Ministério Público Federal do RS para expor a causa e na sequência com o Ministério Público Federal Central, em Brasília.

Os procuradores ressaltaram que o problema não atinge somente os beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Rio Grande do Sul, mas também de todos os Estados brasileiros, tornando-se um problema de dimensão nacional. Assim, vê a possibilidade de provocar interesse e apoio à causa junto do Colégio Nacional de Procuradores.

Balanço do encontro

Dois dos integrantes do Fórum Estadual de Entidades e Gestores Públicos, Nicolas Kureki, advogado da Cooperpoli e Cheuíche, arquiteta da Binotto Construtora, fizeram um balanço do encontro, após reunião no MPE:

Para Nicolas Kureki “deu para sentir que os procuradores estão interessados em ajudar as entidades na resolução do problema. Deram sugestões valiosas e objetivas. Como a sequência de contatos que eles vão fazer, na esfera do Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e com os agentes políticos, como a bancada gaúcha de deputados federais e com o ministro Ônix Lorenzoni, chefe da Casa Civil, que é gaúcho e ocupa um cargo estratégico. É importante a fala deles sobre o envolvimento dos procuradores em nível nacional, porque isso nos daria uma força jurídica e midiático extraordinária”

Já a arquiteta Cheuíche, considera que “ o MPE ficou sensibilizado com a demanda das cooperativas. Eles têm consciência que está havendo uma grande injustiça. De que elas estão sendo prejudicadas por serem o lado fraco desse processo. Há os contratos em andamento que tem uma irregularidade no desembolso. Eles reconhecem a urgência disso e a necessidade de uma ação para que os contratos sejam cumpridos. Também reconhecem a necessidade de ação sobre os processos que foram selecionados e depois de um ano não foram contratados até hoje. Fica dessa reunião o entendimento que as essas ações pedidas pelas entidades são justas e que eles vão colaborar no sentido da resolução do problema”.







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