O grupo que cuida do Setor Ambiental do Condomínio
Residencial VIVER COOHAGIG, recebeu o reforço de mais dois especialistas na
área, o geólogo Cesar Augusto Perotto e o biólogo Diogo Araújo. No dia 6 de
maio, quinta-feira, eles estiveram fazendo uma vistoria no canteiro de obras,
em companhia da bióloga Ana Cruz e da estagiária de Gestão Ambiental, Tatiana
Lopes, além do coordenador do projeto residencial, Paulo Roberto Franqueira.
Franqueira, Perotto e Diogo falaram do significado da visita ao canteiro de obras e do que há pela frente na área de Gestão Ambiental.
A fala de Paulo Franqueira, coordenador do projeto Condomínio Residencial VIVER COOHAGIG:
“A questão ambiental é prioritária para a Coohagig. A cooperativa tem um passivo ambiental dentro do licenciamento ambiental de uma série de eventos de ações e tarefas que precisam ser executadas. Elas precisam ser executadas com planejamento e garantia que elas serão bem realizadas.
Nós estamos herdando um pulmão verde de sete hectares dentro da região metropolitana da capital, dentro da Grande Porto Alegre. Esse parque ecológico que teremos para administrar do ponto de vista de conservação, manutenção e melhoria desse espaço está dentro do nosso escopo de ações ambientais.
A chegada do geólogo Perotto e do biólogo Diogo que já prestou serviços à Coohagig, vem se somar aos esforços que a cooperativa tem feito e continuará fazendo, para enxergar a área verde, da APP, como prioridade a fim de não causar nenhum dano ambiental”
Qual a participação do geólogo no processo?:
“A participação o geólogo diz respeito ao meio físico. Ele vai dizer através de seu conhecimento; entre outros atributos profissionais é perito de sua área na Justiça Federal; qual a ação necessária para manter o meio ambiente íntegro, mais natural possível. Se junta ao conhecimento do Setor de Engenharia e do Setor Ambiental para fazer um apanhado do que se tem que fazer
E o biólogo de fauna?
Esse bioma que herdamos, de fauna e flora, de sete hectares e que passa um arroio, são oito nascentes que desembocam no Arroio Feijó, que permeia Porto Alegre, Alvorada e Viamão, tem que ser cuidado para sempre. E agora que é hora de seu planejamento. Assim como as plantas, os animais têm que ser protegidos de qualquer dano ou prejuízo que as obras possam trazer.
É mais uma ação de preocupação da cooperativa no sentido de até o final da obra e depois quando o condomínio estiver em andamento. Evitar em ações preventivas futuros problemas nessa área. Para depois não precisar de ações paliativas ou mitigatórias para evitar danos que não possam ser resolvidos ou recuperados. O Diogo já trabalhou conosco, logo no início do projeto. Então ele vem dar prosseguimento a uma ação que faz parte do nosso planejamento, de proteção à flora e fauna.
Outro objetivo é ter domínio e controle, com muita informação, dessa área que herdamos, um parque ecológico, que circunda todo o condomínio. Isso é um privilégio para o condomínio e temos que fazer isso valer.”
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Bióloga Ana Cruz e o geólogo Cesar Augusto Perotto |
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Biólogo especialista em fauna, Diogo Araújo |
A fala do geólogo Cesar Augusto Perotto:
"Fui convidado pela Coohagig a participar de uma vistoria e verificar e analisar as condições do solo, as questões de erosões e a relação de impacto nas APPs do arroio na parte de baixo do terreno e ver que medidas mitigadoras e paliativas que vão ser adotadas. Teremos conversa com o pessoal da área técnica, para ver as diretrizes a serem encaminhadas.
Como classifica o trabalho?
É um trabalho pesado, pois já tem uma situação conflagrada. A área é grande e tem uma superfície de solo exposto e com a chuva acaba havendo o carreamento do material. Vai ser necessário um sistema de drenagem para começar a minimizar o problema. No momento ele tende a continuar. Mais adiante pode ser solucionado.
Tem o agravante do clima, com as chuvas. Terão de ser tomadas medidas imediatas e é uma administração com dificuldades, mas o problema tem como ser contornado. Não é uma solução a curto prazo e sim a médio prazo. Terá que ser feito. Aqui o principal vai ser a drenagem do terreno. Já se foi falado em bacia de retenção, mas ela não resolve tudo. Ainda tem uma área que vai permanecer decapeada, exposta e tem o solo, argila, areia. Com a água esse material vai descendo.
Qual área mais crítica?
É na parte de baixo do terreno, próxima a área da APP. Lá é onde vai merecer maior atenção, porque é necessário conter a terra que desce. E existe uma grande quantidade de terra para descer. Área é muito bem localizada, no futuro vai ser um lugar aprazível para morar. Eu destaco, o que já uma preocupação da Coohagig, a questão ambiental. Ela terá que ser administrada e praticada para manter toda essa mata que circunda o condomínio. Isso é um privilégio e ganho para quem for morar no local."
A fala do biólogo Diogo Araújo, especialista em fauna
“Trabalhei no projeto com o afugentamento e resgate de fauna, na etapa pré-instalação. Agora faço avaliação para recaracterizar novamente a fauna que tem na área da APP.
Quando eu tive aqui a área já era impactada, bem atropizada e havia poucos registros de fauna. Os que tinham eram de exemplares comuns, nada ameaçado ou em extinção. O que se vê agora é um impacto maior já que a área está em obras, principalmente para os animais rasteiros, como anfíbios e roedores.
Com o deslocamento da terra puxadas pelas fortes chuvas, deve ter havido soterramento de algumas espécies, como roedores. Os peixes que ficam em algumas nascentes também podem ter sido atingidos. Mas não tem como se quantificar isso. O que há pela frente é estudar medidas que evitem novos danos nessa área.”
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