sexta-feira, 17 de maio de 2019

Brechós incentivam negócios e relações humanas entre os cooperativados do Residencial VIVER COOHAGIG




Atalana Peres, com filha de cooperativada no dia de brechó

COOHAGIG NEWS- Atalana Rodrigues Peres, é assistente administrativa do projeto Condomínio Residencial VIVER COOHAGIG. Em geral, o primeiro contato físico que se tem com o empreendimento é com ela, pois é quem atende o pessoal que se cadastra.  Ela atua também no setor de empreendedorismo da cooperativa, que incentiva relações de negócios entre os cooperativados, através de brechós e outras ações que rendam dinheiro para quem participa.


Cooperativados conferiram produtos de perto

Os brechós acontecem nas reuniões mensais dos cooperativados e gestores do projeto, no salão da Igreja Nossa Senhora das Graças, em Viamão. De início eles contavam com pouca participação. Nas reuniões do mês de abril houve um crescimento expressivo e a prova que a iniciativa veio para ficar. Foram oito expositores oferecendo roupas, calçados, cosméticos e perfumes da Natura ou Avon, pão caseiro, doces, artesanatos e produtos semelhantes.


“A intenção é gerar renda para os próprios cooperativados. Quem for expor precisa me avisar um dia antes das reuniões, para constar no nosso cadastro. Avisar o que vai vender, o dia e a hora para ter a placa com o nome da pessoa e a banca esperando por ela”, instrui Atalana.

A cooperativada Camile levou produtos de beleza

Novo momento

Segunda ela, o crescimento do número dos expositores se deve a entrada de novos suplentes e titulares na COOHAGIG. “As pessoas estão se envolvendo bem mais agora que as obras estão cada vez mais visíveis. A gente já tinha esse espaço do empreendedorismo, mas ele estava meio parado. Essa reativação coincide com o novo momento do projeto. Daqui para frente, a tendência é crescer ainda mais. Quanto mais gente participar melhor. Todos estão convidados, como expositores, como compradores. Afinal é um dinheiro que circula entre nós mesmos”, conclui Atalana.

Sérgio Magnan, do Técnico Social, levou roupas e livros

A própria COOHAGIG está participando do brechó. Recebe doações de roupas e sapatos dos cooperativados e os coloca à venda por preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00. O dinheiro arrecadado se destina a gastos na manutenção da cooperativa. O que não for vendido será destinado às instituições e pessoas necessitadas.


A história de Fernanda

Uma das participantes do brechó, Fernanda de Oliveira, cooperativada há quatro anos, levou roupas, sapatos, brinquedos e acessórios.  Ela esteve na reunião do domingo, dia 28 de abril. Gostou muito da experiência, não só pela oportunidade do negócio, “ lucrei R$ 40, 00. Na próxima vou levar máquina de cartão”, revela. Ela gostou também da oportunidade de criar laços de identificação e amizade com uma cooperativada. Ela conta sua história:


A cooperativada Fernanda Oliveira vê o brechó também como oportunidade de interação
“ Nos conhecemos na saída para o canteiro de obras. Na caminhada começamos a conversar. Vi nela uma mulher forte e me encantou a forma como ela estava trilhando o caminho. Trocamos contato. Anunciei a venda de um galão de água com suporte por R$ 20,00. Marcamos a entrega na reunião seguinte. Quando entrei em contato para confirmar a entrega ela confirmou e avisou que não teria o dinheiro, mas poderia depositar no dia seguinte. E comentou que a água seria usada no quarto do filho, um adolescente de 14 anos, que luta contra leucemia há alguns anos. Aquilo me travou. E resolvi entregar a ela o que eu tinha comprado recentemente, com uma semana de uso e ficar com o que eu ia vender. No dia seguinte, ela confirmou o depósito”, revela Fernanda.

Agora vem a parte mais significativa para ela dessa experiência:



“ Acho necessário acrescentar sobre o sentimento que me tomou quando ouvi o relato sobre o filho dela. Quando nos tornamos mães, aprendemos a amar o filho do outro. Em segundos passou tudo na minha cabeça. Quando eu tinha nove anos passei quase um ano no Hospital Conceição fazendo exames, porque meus leucócitos eram baixos e tinha possibilidade de eu ser portadora de câncer. Felizmente não se confirmou. Mas essa lembrança, a experiência, a história do filho dela, tudo isso mexeu comigo. A garra e a persistência, numa situação extremamente cansativa e desesperadora. Isso tudo me veio agora no brechó”.

Fernanda Oliveira encerra seu depoimento, fazendo uma sugestão:

“Acredito que seria uma ótima ideia ter um brechó, no condomínio futuramente. Estamos vendo nas reuniões que além de ser uma forma dos cooperativados interagir, ainda usufruem um espaço lucrativo. Para as ambas partes. Quem vende se beneficia. Quem compra também, pois acaba adquirindo o que necessita por um valor justo. ”









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