quinta-feira, 11 de julho de 2019

No 4º COOPERAGINDO houve avanços significativos nas relações entre os cooperativados, avalia coordenação do evento



A quarta edição do COOPERAGINDO realizada no sábado e domingo, dias seis e sete de julho, embora com a temperatura mais fria que fez no inverno esse ano, foi calorosa e obteve grandes avanços do ponto de vista da participação dos cooperativados. Veja o balanço do evento feito pelor coordenador do projeto, Paulo Franqueira: 



PERGUNTA: Qual o balanço que se faz dos dois dias do 4º Cooperagindo?

RESPOSTA: Ele é um evento criado, inventado, pelo grupo de cooperativados. E celebrado no Dia Mundial do Cooperativismo. Visa a integração, o congraçamento e a interligação entre as pessoas para conviver e se enxergar melhor enquanto vizinhos. A partir disso são criados laços de identidade de grupo e de afinidade. Nesse conjunto de objetivo a ser atingido, o evento foi muito bem sucedido. Ele cumpriu seus dois objetivos principais.
Quanto a participação numérica era previsível um número menor de pessoas comprada às últimas reuniões do condomínio, em maio. O clima estava muito frio, principalmente no sábado que teve também um vento constante. E como as pessoas estão sabendo da evolução das obras através das redes sociais, as pessoas já atingiram um grau maior de estabilização de sua emoção em relação ao que está acontecendo. Elas estão sabendo que as obras estão avançando.
Outra questão a ser destacada, é que além das relações pessoais, de grupo, de convivência entre as pessoas, de construção de nova comunidade, houve também de relações econômicas.

Espaço do Empreendedor
Nesse quesito foi desenvolvida uma prática que funcionou muito bem. O Brechó da Cooperativa bombou, como se diz. O escambo, que é a troca de um produto de gênero alimentício por uma roupa ou outro item de vestuário doados pelos próprios cooperativados, foi uma iniciativa muito bem sucedida. A cooperativa arrecadou mais de 50 quilos de alimentos que serão doados a uma instituição de assistência social.
Então na nossa avaliação, o 4º COOPERAGINDO foi bem sucedido nos seus propósitos e até avançou um pouco mais. O Espaço do Empreendedor, por exemplo, de venda de produtos pelos cooperativados teve aumento significativo de participantes. Esteve muito presente o que se chama de Economia Solidária. Eu produzo alguma coisa em casa, na minha residência, e trago para vender ao grupo do qual participo. Isso sinaliza uma prática que mais tarde será posta em prática no condomínio.
Exemplo bem sucedido de Economia Solidária no COOPERAGINDO foi do sabão caseiro, muito bem aceito pelos cooperativados. Saiu quase tudo. Para o pão caseiro também houve demanda, assim como outros produtos. Importante também foi a participação de cooperativados prestando serviços no atendimento ao público. Houve verificação de pressão, oficina de tranças, de pintura e de montagem de quadros, entre outras. Nesse sentido o evento deu um salto significativo.




















Eventos anteriores

PERGUNTA: Em relação aos eventos anteriores, como foi esse?

RESPOSTA: Nas edições anteriores a gente teve essa mesma proposta, mas não alcançou e nem ampliou com os nossos cooperativados, a possibilidade de oferecer alguns serviços como ocorreu agora. Nesse sentido, ele foi bem sucedido.
Outro destaque dessa edição foi que através de brincadeiras, como pular corda, e da música, que teve a dança da quadrilha, se obteve maior integração entre as pessoas. Gente que em geral fica arredio teve maior participação. Pessoas que não se conheciam, em virtude de virem em turnos diferentes nas reuniões mensais, tiveram contatos pessoais. Essas relações vão ser exercitadas e ampliadas quando as pessoas viverem no condomínio.
















PERGUNTA: O número de crianças e adolescentes nas atividades chamou a atenção. O que dizer disso?

RESPOSTA: A questão das crianças, que toca muito forte no trabalho do grupo Técnico Social é pré evento, mas começou a ganhar dimensão maior com a contratação da pedagoga Cristiane. A partir de sua contratação, veio sendo progressiva a participação de crianças nas reuniões mensais. Ela trabalha com uma série de atividades pedagógicas, de desenvolvimento cognitivos e nesse evento, além de brincadeiras como a piscina de bolinhas, o pula pula e outros, como é época de festa junina, houve a pesca com direito a prêmio, colocar o rabo de burro e outros que foram muito apreciados por crianças e adultos, inclusive, que entraram nas brincadeiras e atividades juninas.












Necessidades especiais

Outro fato de grande significado no evento foi a integração de pessoas com necessidades especiais. Tanto no salão de festas como na visita ao canteiro de obras elas se integraram muito bem. E foram calorosamente aceitas e acolhidas pelos participantes. Houve um momento que havia um cadeirante nosso dançando, na maior alegria, conduzido por pessoas que estavam também dançando.  





PERGUNTA: O que se projeta para mais adiante?
RESPOSTA: O nosso desafio agora, em nível de trabalho Técnico Social, é de como fazer para agregar o adolescente nessa futura comunidade. Como a gente faz para trazê-lo para dentro desse espaço de reuniões, ações, atividades que fazem parte de formação dessa comunidade. Isso faz parte de nossas preocupações e desafios para o futuro.

PERGUNTA: A participação feminina mais uma vez é destaque. Como avalia isso?

RESPOSTA: É uma coisa fabulosa. Deixa a gente de boca aberta e muito estimulado. A gente saí dali muito renovado.  Mesmo quem tem mais estrada, se apercebe que em determinado momento a mulher é três por um.  Não somente em quantidade, mas também em participação. Enquanto o homem para participar de alguma atividade tem que ser desafiado, há três mulheres se oferecendo, participando, buscando a integração e desenvolvendo uma ação de aproximação entre as pessoas. É isso que a gente precisa. Que as pessoas troquem conhecimentos, energia, façam a convivência do olho no olho, estabeleçam relações que vão ser praticadas quando realizarem seus sonhos da casa própria.


















PERGUNTA: E em relação aos homens?

RESPOSTA: Para os homens terão de ser pensadas estratégias de como integrá-los mais nesse processo de formação da comunidade.  Primeiro fazendo atividade só para eles. Depois integrando com as mulheres. É algo assim que deverá ser feito. Mas o certo é que eles precisam participar mais. Afinal fazem parte da comunidade que está se formando, junto com suas esposas, filhos e a participação deles é fundamental para que isso seja construído.


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