A quarta edição do COOPERAGINDO realizada no sábado e domingo, dias seis e sete de julho, embora com a temperatura mais fria que fez no inverno esse ano, foi calorosa e obteve grandes avanços do ponto de vista da participação dos cooperativados. Veja o balanço do evento feito pelor coordenador do projeto, Paulo Franqueira:
PERGUNTA: Qual o
balanço que se faz dos dois dias do 4º Cooperagindo?
RESPOSTA: Ele é
um evento criado, inventado, pelo grupo de cooperativados. E celebrado no Dia Mundial do Cooperativismo. Visa a
integração, o congraçamento e a interligação entre as pessoas para conviver e
se enxergar melhor enquanto vizinhos. A partir disso são criados laços de identidade
de grupo e de afinidade. Nesse conjunto de objetivo a ser atingido, o evento
foi muito bem sucedido. Ele cumpriu seus dois objetivos principais.
Quanto a participação
numérica era previsível um número menor de pessoas comprada às últimas reuniões
do condomínio, em maio. O clima estava muito frio, principalmente no sábado que
teve também um vento constante. E como as pessoas estão sabendo da evolução das
obras através das redes sociais, as pessoas já atingiram um grau maior de
estabilização de sua emoção em relação ao que está acontecendo. Elas estão
sabendo que as obras estão avançando.
Outra questão a ser destacada, é que além das relações
pessoais, de grupo, de convivência entre as pessoas, de construção de nova
comunidade, houve também de relações econômicas.
Espaço do
Empreendedor
Nesse quesito foi desenvolvida uma prática que funcionou
muito bem. O Brechó da Cooperativa bombou, como se diz. O escambo, que é a
troca de um produto de gênero alimentício por uma roupa ou outro item de vestuário
doados pelos próprios cooperativados, foi uma iniciativa muito bem sucedida. A
cooperativa arrecadou mais de 50 quilos de alimentos que serão doados a uma
instituição de assistência social.
Então na nossa avaliação, o 4º COOPERAGINDO foi bem sucedido
nos seus propósitos e até avançou um pouco mais. O Espaço do Empreendedor, por
exemplo, de venda de produtos pelos cooperativados teve aumento significativo
de participantes. Esteve muito presente o que se chama de Economia Solidária.
Eu produzo alguma coisa em casa, na minha residência, e trago para vender ao
grupo do qual participo. Isso sinaliza uma prática que mais tarde será posta em
prática no condomínio.
Exemplo bem sucedido de Economia Solidária no COOPERAGINDO
foi do sabão caseiro, muito bem aceito pelos cooperativados. Saiu quase tudo.
Para o pão caseiro também houve demanda, assim como outros produtos. Importante
também foi a participação de cooperativados prestando serviços no atendimento
ao público. Houve verificação de pressão, oficina de tranças, de pintura e de montagem
de quadros, entre outras. Nesse sentido o evento deu um salto significativo.
Eventos anteriores
PERGUNTA: Em relação
aos eventos anteriores, como foi esse?
RESPOSTA: Nas
edições anteriores a gente teve essa mesma proposta, mas não alcançou e nem
ampliou com os nossos cooperativados, a possibilidade de oferecer alguns
serviços como ocorreu agora. Nesse sentido, ele foi bem sucedido.
Outro destaque dessa edição foi que através de brincadeiras,
como pular corda, e da música, que teve a dança da quadrilha, se obteve maior
integração entre as pessoas. Gente que em geral fica arredio teve maior participação.
Pessoas que não se conheciam, em virtude de virem em turnos diferentes nas reuniões
mensais, tiveram contatos pessoais. Essas relações vão ser exercitadas e
ampliadas quando as pessoas viverem no condomínio.
PERGUNTA: O
número de crianças e adolescentes nas atividades chamou a atenção. O que dizer
disso?
RESPOSTA: A
questão das crianças, que toca muito forte no trabalho do grupo Técnico Social
é pré evento, mas começou a ganhar dimensão maior com a contratação da pedagoga
Cristiane. A partir de sua contratação, veio sendo progressiva a participação de
crianças nas reuniões mensais. Ela trabalha com uma série de atividades
pedagógicas, de desenvolvimento cognitivos e nesse evento, além de brincadeiras
como a piscina de bolinhas, o pula pula e outros, como é época de festa junina,
houve a pesca com direito a prêmio, colocar o rabo de burro e outros que foram muito
apreciados por crianças e adultos, inclusive, que entraram nas brincadeiras e
atividades juninas.
Necessidades
especiais
Outro fato de grande significado no evento foi a integração
de pessoas com necessidades especiais. Tanto no salão de festas como na visita
ao canteiro de obras elas se integraram muito bem. E foram calorosamente aceitas
e acolhidas pelos participantes. Houve um momento que havia um cadeirante nosso
dançando, na maior alegria, conduzido por pessoas que estavam também dançando.
PERGUNTA: O que
se projeta para mais adiante?
RESPOSTA: O nosso desafio agora, em nível de trabalho
Técnico Social, é de como fazer para agregar o adolescente nessa futura
comunidade. Como a gente faz para trazê-lo para dentro desse espaço de
reuniões, ações, atividades que fazem parte de formação dessa comunidade. Isso
faz parte de nossas preocupações e desafios para o futuro.
PERGUNTA: A participação
feminina mais uma vez é destaque. Como avalia isso?
RESPOSTA: É uma coisa fabulosa. Deixa a gente de boca aberta
e muito estimulado. A gente saí dali muito renovado. Mesmo quem tem mais estrada, se apercebe que
em determinado momento a mulher é três por um.
Não somente em quantidade, mas também em participação. Enquanto o homem
para participar de alguma atividade tem que ser desafiado, há três mulheres se
oferecendo, participando, buscando a integração e desenvolvendo uma ação de
aproximação entre as pessoas. É isso que a gente precisa. Que as pessoas
troquem conhecimentos, energia, façam a convivência do olho no olho,
estabeleçam relações que vão ser praticadas quando realizarem seus sonhos da
casa própria.
PERGUNTA: E em relação aos
homens?
RESPOSTA: Para os
homens terão de ser pensadas estratégias de como integrá-los mais nesse
processo de formação da comunidade.
Primeiro fazendo atividade só para eles. Depois integrando com as
mulheres. É algo assim que deverá ser feito. Mas o certo é que eles precisam participar mais. Afinal fazem parte da comunidade que está se formando, junto com suas esposas, filhos e a participação deles é fundamental para que isso seja construído.
Nenhum comentário:
Postar um comentário